Sobre amor, sucesso e outras drogas


Amor, afinal o que seria da existência humana sem esse sentimento tão contraditório e tão presente (?) em nosso cotidiano? 

Não me propus a perder alguns minutos do meu sagrado sono para falar de decepções e desilusões amorosas não, mas sim para divagar sobre o quanto esse sentimento pode fazer a diferença ou não na vida de cada um de nós. 

Podemos simplesmente focar nossa vida em nossas realizações profissionais e trilharmos um caminho em busca do sucesso, deixando muitas vezes de lado nossos princípios e nossos sentimentos mais nobres, eu diria a compaixão, por exemplo. Mas até que ponto esse sucesso será suficiente para lhe dar uma consciência tranquila? Até quanto você é pago para compensar deixar de ser aquela pessoa que você imaginaria ser quando ainda era uma criança? 

Mas o que importa mesmo é termos dinheiro, afinal ele compra tudo, não é mesmo? As indústrias de bebidas, cigarros e afins nos agradecem todos os dias por necessitarmos de válvulas de escape e por acabarmos nos jogando dia após dia nos pequenos vícios e hábitos de prazer. Afinal pra que um pouco de amor e respeito pelo próximo se eu posso ter tudo e ser bem sucedido (na visão capitalista atual de sucesso) e de vez em quando me esquecer de quem sou me jogando fundo em momentos de devaneios surrealísticos.

Não estou dizendo que seja impossível ser uma pessoa de sucesso e ainda possuir traços bondosos e bons sentimentos ou mesmo que toda pessoa bem sucedida seja alguém mau caráter, mas sejamos sinceros, é bem difícil chegar lá em cima e ser alguém digno do orgulho daquela criança que você já foi um dia. 

Falei que não seria um texto de amor, afinal, do que eu, uma pessoa que nunca teve um relacionamento real de mais de três meses de duração, poderia falar sobre esse sentimento tão puro e abstrato? Não, isso também não é dor de cotovelo, apenas precisava escrever um pouco sobre o que tenho pensado muito nos últimos tempos. Onde está o limite entre ir além, profissionalmente falando, e passar daquilo que você sempre considerou o certo. O amor por fazer aquilo que você gosta e o limiar dos seus princípios, da sua compaixão, dos seus sentimentos bons.

Continuo na dúvida, mas uma coisa é certa, enquanto eu tiver essa dúvida dentro de mim sinal de que aquela criança no mínimo tem respeito pelo aquilo que me tornei, ela sabe que mesmo que tome atos inapropriados, por diversas vezes por fatores externos, eu ainda assim questiono tudo o que faço e isso me torna diferente de grande parte das pessoas. 

Orgulhe se de mim pequeno Gyan, tudo vai dar certo, grandes mudanças estão por vir! 



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